O Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) disponibilizou aproximadamente cerca de 216,2 mil milhões de meticais (3,5 mil milhões de dólares) em Moçambique ao longo dos últimos 47 anos, financiando 115 projectos estratégicos em sectores prioritários. A informação foi divulgada pelo primeiro-ministro, Adriano Maleiane, durante a cerimónia de comemoração do 60.º aniversário do BAD.
Maleiane destacou que os fundos do BAD foram aplicados em áreas essenciais, como agricultura, energia, transportes, água, saneamento e pequenas e médias empresas (PME), ajudando a fortalecer a infra-estrutura do País e a melhorar as condições de vida da população. Entre os projectos destacados está a modernização do corredor de Nacala, que facilitou a logística interna e aumentou a competitividade externa de Moçambique.
“O Banco Africano de Desenvolvimento tem sido um parceiro estratégico para o desenvolvimento do País, sempre alinhado às nossas prioridades de crescimento económico e social”, afirmou Maleiane. Desde que o País se tornou membro do BAD, em 1977, a cooperação entre ambas as partes tem sido essencial para a implementação de infra-estruturas-chave, contribuindo para o desenvolvimento sustentável de Moçambique.
Adriano Maleiane frisou também o papel do BAD na resposta a crises, como os ciclones Idai e Kenneth, a pandemia da Covid-19, e o apoio à reconstrução de distritos afectados pela violência em Cabo Delgado. O financiamento do BAD permitiu a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas e a promoção de iniciativas que visam a recuperação económica e a resiliência do País perante os desafios globais.
O ministro dos Transportes e Comunicações, Mateus Magala, que também participou na cerimónia, reforçou que o BAD foi criado para responder às necessidades do continente africano, sendo um instrumento ao serviço dos governos. “O Banco continua fiel à sua missão de eliminar a pobreza, promover o bem-estar e fomentar a integração regional, alinhando-se com os objectivos de desenvolvimento de África”, declarou Magala.
O ministro acrescentou que o BAD deverá, no futuro, concentrar-se em desafios estruturais como a criação de empregos para jovens e mulheres, a digitalização da economia, a gestão das dívidas públicas e a segurança regional. Segundo Magala, o BAD tem um papel vital a desempenhar na construção de soluções sustentáveis para o desenvolvimento de Moçambique.