O sector empresarial defende que 500 milhões de dólares do Orçamento do Estado (OE) devem ser destinados à produção nacional, com vista a criar oportunidades de crescimento para as empresas locais e reduzir as importações, informou o jornal notícias.
Durante um evento de auscultação sobre a importância do conteúdo local e o seu peso na despesa pública, realizado na semana passada, o presidente da Confederação das Associações Económicas (CTA), Agostinho Vuma, destacou a importância de mapear a produção local, evitando que os produtos nacionais sejam substituídos por importações.
Na ocasião, o responsável sublinhou ainda que o Executivo “deveria” orientar as suas despesas para promover o tecido empresarial local, incluindo produtos que envolvam matéria-prima, mão-de-obra e capital moçambicano.
Vuma argumentou que a verba prevista no OE não tem gerado valor adicional à economia nacional, em grande parte devido à falta de incentivos ao sector produtivo local. “Se o Governo identificar os bens que produzimos internamente, poderá garantir que esses 500 milhões de dólares sejam canalizados para empresas locais, distribuindo renda dentro do País e estimulando o crescimento do tecido económico”, disse.
Com o incentivo ao sector produtivo nacional, a CTA prevê que a taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) poderia subir dos actuais 4% para 8%. No entanto, a entidade reconhece que ainda há muito trabalho pela frente, especialmente com a implementação do Pacote de Medidas de Aceleração Económica, e espera que o próximo OE contemple as suas sugestões.