O Governo está reunido esta segunda-feira (23) em Nova Iorque com governantes africanos e empresários norte-americanos para debater mecanismos de financiamento que garantam a protecção da Floresta do Miombo, com um fundo estimado em 550 milhões de dólares (34,76 mil milhões de meticais).
De acordo com uma publicação da Lusa, deste valor, 154 milhões de dólares (9,73 mil milhões de meticais) já foram assegurados desde 2022, fruto da iniciativa liderada pelo Presidente moçambicano, Filipe Nyusi.
O encontro ocorre durante um diálogo de alto nível sobre a iniciativa do Miombo, à margem da 79.ª Assembleia Geral das Nações Unidas e da Cimeira do Futuro, com o objectivo de consolidar o compromisso financeiro e divulgar a plataforma de gestão dos fundos. O restante montante de 396 milhões de dólares ainda precisa de ser mobilizado para a plena execução do plano de acção.
Segundo informações avançadas por Nyusi, “pretende-se consolidar o mecanismo de financiamento da iniciativa do Miombo, divulgar a plataforma de governação e gestão dos seus fundos e reforçar o compromisso de financiamento para operacionalização da carta de intenções adoptada em Washington”.
A Floresta do Miombo, que se estende por dois milhões de quilómetros quadrados, é o maior ecossistema de florestas tropicais secas do mundo, sustentando mais de 300 milhões de habitantes, mas enfrenta o crescente problema da desflorestação.
Durante sua visita de quatro dias a Nova Iorque, Nyusi avançou: “Fazemos um balanço extremamente positivo do nosso trabalho e estamos a criar nossas bases porque já não se fala só da Amazónia. Miombo já entrou no mapa”, explicou o governante ao fazer o balanço da visita.
Uma carta de compromisso, adoptada por 11 países africanos, entre eles Moçambique e Angola, reforça a necessidade de criar um fundo baseado em Moçambique para garantir a preservação da floresta de Miombo.