A empresa exploradora da Tanzânia, Black Rock Mining, e a sua subsidiária Faru Graphite garantiram um acordo de facilidades com três bancos africanos para fornecer 179 milhões de dólares em financiamento para desenvolver o projecto de grafite Mahenge (Tanzânia)- um dos maiores recursos de grafite em flocos em todo o mundo.
O acordo foi assinado com o Banco de Desenvolvimento da África Austral (DBSA), a Corporação de Desenvolvimento Industrial da África do Sul (IDC) e o banco tanzaniano CRDB Bank (CRDB).
Trata-se de um empréstimo a prazo para construção no valor de 113 milhões de dólares para o Módulo 1 de Mahenge e infra-estruturas associadas, uma linha de crédito renovável de 20 milhões de dólares para fundo de maneio, uma linha de crédito de 20 milhões de dólares para custos excedentários e uma linha de garantia bancária de 26 milhões de dólares.
Este acordo vem juntar-se a um empréstimo de 50 milhões de dólares concedido no início deste mês pelo conglomerado siderúrgico sul-coreano POSCO International, que inclui um investimento de capital de 40 milhões de dólares na Black Rock e uma facilidade de pré-pagamento de 10 milhões de dólares.
O director-executivo da exploradora, John de Vries, declarou que a empresa tinha agora concluído a fase de financiamento da dívida para a Mahenge.
“Estamos extremamente satisfeitos por termos assinado este acordo com um grupo de credores de tão alto calibre”, afirmou o responsável, acrescentando que “o anúncio de hoje representa um marco importante na redução de riscos para o financiamento da Mahenge e esperamos trabalhar com a DBSA, a IDC e o CRDB para desenvolver este projecto em benefício de todas as partes interessadas.”
A DBSA é detida a 100% pelo Governo da África do Sul e é uma das principais instituições financeiras de desenvolvimento da região. O seu objectivo é acelerar o desenvolvimento socioeconómico sustentável no país e em toda a África Subsaariana, através da promoção de investimentos financeiros e não financeiros nos sectores das infra-estruturas sociais e económicas.
Fonte: Energy Capital & Power