O Governo intensificou o controlo sanitário para combater o surto de teleriose, uma doença transmitida por carraças, que já causou a morte de mais de 200 bovinos nas províncias de Maputo e Inhambane. A doença, que se suspeita ser a principal responsável pelo elevado número de mortes, voltou a emergir após ter sido erradicada no País há mais de sete anos, tal como informou o jornal notícias.
Para enfrentar o surto, foi criada uma comissão multissectorial que inclui investigadores, técnicos da Faculdade de Veterinária, criadores de gado e outros especialistas, com a missão de avaliar as doenças transmitidas por parasitas e identificar a que está a provocar maior mortalidade entre os bovinos. Dados preliminares sugerem que, além da teleriose, a erliquiose também contribui para o aumento de mortes e a redução da produtividade do gado.
Segundo Zacarias Massicame, chefe do Departamento de Prevenção e Controlo de Doenças, o ressurgimento da teleriose deve-se a falhas no sistema de controlo de carraças, permitindo que a doença se espalhasse para novas áreas das províncias de Gaza e Maputo. Em resposta, o Governo tem reforçado as medidas de vigilância e fiscalização nas regiões afectadas e intensificado as inspecções nos locais de abate de animais para garantir a sua condição sanitária.
As autoridades recomendam ainda aos criadores de gado o uso de banhos de imersão ou chuveiro e a aplicação de medicamentos tópicos para controlar a infestação por carraças. A colaboração dos criadores é essencial, e eles são incentivados a notificar rapidamente quaisquer mortes suspeitas, para que se possam implementar acções imediatas no terreno.