Os governos de Moçambique e Vietname revelaram que num futuro próximo pretendem estabelecer acordos de cooperação no sector da medicina tradicional e ervanária, de modo que desenvolvam novos métodos para a cura de diversas enfermidades.
Intervindo durante uma conferência de imprensa de balanço da visita de três dias àquele país asiático, o chefe do Estado, Filipe Nyusi, afirmou ser pertinente valorizar cursos técnico-profissionais e superiores distintos, frisando que já foram traçadas directrizes para que haja intercâmbio entre os médicos tradicionais das duas nações.
“Há muitas clínicas e casas que praticam a medicina tradicional em Moçambique, e no lugar de serem feitas de maneira aleatória podem ser sistematizadas, abrindo espaço para que os hospitais incluam estas práticas no dia-a-dia. Os vietnamitas já delinearam a organização, funcionamento e competência dos médicos tradicionais”, sublinhou.
Ao instituir cursos de medicina tradicional no ensino, o estadista moçambicano acredita que a juventude pode contribuir na investigação, e no tipo de plantas que devem ser utilizadas, uma vez que a indústria do País ainda é muito incipiente.
“A experiência que colhemos no Vietname aproxima-se mais da nossa realidade, então é uma grande vantagem para podermos levar esse conhecimento para Moçambique”, frisou.
Durante a visita, Nyusi também se encontrou com estudantes moçambicanos no Vietname, que apresentaram alguns problemas que os preocupam, sobretudo no que diz respeito às dificuldades na renovação de documentos pessoais.
Dados partilhados pela Agência de Informação de Moçambique, actualmente existem pelo menos 54 moçambicanos no Vietname, maioritariamente estudantes.
Filipe Nyusi iniciou, no domingo (8), uma visita de trabalho de três dias ao Vietname a convite de To Lam. Durante a estadia no país asiático, foram mantidos encontros com dirigentes e empresários vietnamitas, bem como com a comunidade moçambicana ali residente.