A comercialização de 5,66 milhões de quilates de diamantes brutos gerou uma receita total de 608,84 milhões de dólares, durante o primeiro semestre deste ano, em Angola.
De acordo com um relatório sobre a actividade diamantífera no país, apresentado na última quarta-feira (4), em Luanda, a produção deste mineral, no período em referência, representou um aumento de 36% face ao período homólogo de 2023, que registou 4,1 milhões de quilates.
No primeiro semestre deste ano, os diamantes angolanos foram vendidos a um preço médio de 191 dólares americanos por quilate, e tiveram como destino os Emirados Árabes Unidos, com 86,4%, seguidos da Bélgica (13,5%) e do Botsuana, com 0,05%.
Quanto às contribuições fiscais, registou-se um aumento de 3% em relação ao mesmo período do ano passado, com um total de 45,55 milhões de dólares arrecadados em royalties e impostos.
Por outro lado, a produção de diamantes nos primeiros seis meses em Angola registou um decréscimo de 20% em relação ao Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN), que previa uma cifra de 6,98 milhões de quilates.
De acordo com o director de Operações Mineiras e Gestão de Participações da Endiama, Miguel Vemba, que apresentou o documento, dos 5,6 milhões de quilates, 88% são provenientes de depósitos primários, correspondendo a 4,9 milhões de quilates.
O responsável acrescentou que cerca de 12% são depósitos secundários, correspondendo a 659 mil quilates, mais 36% em relação ao mesmo período do ano passado, atingiram 1,5 milhões de quilates, recordando ainda que Angola é o quarto maior produtor de diamantes brutos do mundo, com uma produção industrial de 9,8 milhões de quilates por ano, produzidos nas províncias da Lunda-Norte, Lunda-Sul, Bié, Cuanza-Sul e Malanje.
Deste montante, a mina de Catoca contribuiu com 54% e Luele com 33%, enquanto os restantes 13% resultaram da contribuição de 21 projectos distribuídos pelo país.
Ainda de acordo com o director, perante um cenário global de incerteza e elevada instabilidade do mercado, o subsector diamantífero angolano tem demonstrado resiliência, procurando adaptar-se às condições do mercado e a manter a sua posição competitiva no cenário mundial.
No domínio da empregabilidade, este subsector conta com 22 mil 927 trabalhadores.
Fonte: Further Africa