A empresa Gemfields listada em Londres revelou o registo de receitas totais de 2,3 milhões de dólares no leilão que aconteceu neste mês de Setembro, envolvendo rubis, safiras e corindo de qualidade comercial, extraídos na mina da Montepuez Ruby Mining (MRM), na província de Cabo Delgado, norte de Moçambique.
Num comunicado, partilhado com o DE, a entidade explicou que todos os 5,7 milhões de quilates oferecidos em dez lotes foram vendidos a 100%, por um preço médio de 0,41 dólares por quilate, salientando que o leilão aconteceu entre os dias 2 a 4 de Setembro.
“Estendemos a nossa gratidão aos participantes que fizeram deste breve leilão de três dias um evento tão agradável. A maior parte da oferta consistiu em corindo e safira, que são considerados subprodutos da MRM. Apesar da natureza comercial destes bens, o leilão registou uma forte afluência e uma procura robusta”, descreveu Adrian Banks, director-executivo de Produto e Vendas da Gemfields.
O responsável frisou que o volume significativo do produto bruto vendido a preços mais baixos apoiará as fábricas nos centros de corte de Chanthaburi, na Tailândia, e de Jaipur, na Índia. “Agradecemos e felicitamos o Executivo moçambicano e os nossos parceiros da Mwiriti – ambos presentes no leilão – pelos resultados muito saudáveis para material desta qualidade”, salientou.
“As receitas deste leilão serão integralmente repatriadas para a MRM em Moçambique, sendo todos os royalties devidos ao Governo da República de Moçambique pagos sobre a totalidade dos preços de venda alcançados no leilão”, sublinhou.
A empresa britânica revelou recentemente que a exploração de rubis na mina da Montepuez Ruby Mining rendeu, desde 2012, mil milhões de dólares (63,2 mil milhões de meticais), salientando que em 2023, em particular, a mineradora teve uma receita total de 151,3 milhões de dólares (9,5 mil milhões de meticais).
Líder mundial na mineração responsável e comercialização de pedras preciosas coloridas, a Gemfields é também operadora e proprietária de 75% da mina de esmeraldas Kagem, na Zâmbia, apresentada como “a maior mina de esmeraldas do mundo”. Detém também licenças de amostragem a granel na Etiópia.