O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, afirmou na quarta-feira (4), em Pequim, que China e África podem “liderar a revolução das energias renováveis”.
“O notável historial de desenvolvimento da China, em particular na erradicação da pobreza, é uma grande fonte de experiência e conhecimento. A parceria entre a China e África pode liderar a revolução das energias renováveis, além de poder também servir de catalisador para transições essenciais nos sistemas alimentares e na conectividade digital”, declarou António Guterres, na abertura da cimeira do Fórum de Cooperação China-África, que se realiza na capital chinesa
Além disso, continuou, “enquanto sede de algumas das economias mais dinâmicas do mundo, África pode maximizar o potencial do apoio da China em áreas que vão desde o comércio e gestão de dados até às finanças e à tecnologia”.
A cimeira, a maior reunião diplomática organizada em Pequim desde a pandemia de covid-19, vai juntar mais de 50 líderes africanos até amanhã (6), na capital chinesa, segundo a imprensa estatal do país asiático.
Em Pequim encontram-se vários líderes de países africanos de língua portuguesa, nomeadamente o Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, o Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, e o primeiro-ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva.
Fora da lista de presenças ficou o Presidente de Angola, João Lourenço, apesar de a China ser o maior credor do país africano e o maior parceiro económico na África Subsaariana.
“É tempo de corrigir certas injustiças históricas” em relação a África, referiu Guterres ainda durante o discurso. É escandaloso, por exemplo, que o continente africano não tenha um lugar permanente no Conselho de Segurança da ONU”, apontou.
Fonte: Lusa