A produção de gás natural no Bloco de Búzi, localizado na província de Sofala, deverá começar no final de 2026, segundo revelou Rudêncio Morais, administrador de pesquisa e produção da Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH). A informação foi partilhada durante o 2.º Fórum Indonésia-África, realizado em Bali, tal como informou o jornal notícias.
O gás natural extraído do Bloco de Búzi será utilizado para abastecer uma central termoeléctrica em Sofala, tendo já sido garantido um cliente para a compra do recurso, segundo Morais. Actualmente, decorrem actividades de avaliação da descoberta, que permitirão a submissão ao Governo do plano de desenvolvimento até ao final deste ano.
Em paralelo, estão a ser realizadas operações de aquisição de 1050 quilómetros de sísmica bidimensional, conduzidas por uma empresa da Indonésia, com a colaboração de técnicos da ENH. Estas actividades estão inicialmente concentradas na zona norte do bloco, em Búzi, e, posteriormente, avançarão para a área sul, em Divinhe.
“O plano de trabalho em curso prevê a conclusão das operações de aquisição sísmica na zona norte do bloco de Búzi até Novembro de 2024, com início na zona sul em Dezembro do mesmo ano”, explicou Morais, destacando que esta fase é essencial para melhorar o conhecimento geológico da área e para a identificação de novos prospectos de gás.
A obtenção de novos dados sísmicos, mais detalhados, visa complementar as informações recolhidas em 2012-13, permitindo uma melhor compreensão da subsuperfície do bloco. “É essencial obter imagens mais precisas que ajudem na maturação dos prospectos identificados”, acrescentou Morais.
A submissão do plano de desenvolvimento da descoberta de gás no Bloco de Búzi está planeada para o último trimestre de 2024, de modo que garanta o início da produção no final de 2026. A Buzi Hydrocarbonet, empresa operadora do bloco, detém 75% das acções, enquanto a ENH, representando o Estado, possui os restantes 25%.
Durante o 2.º Fórum Indonésia-África, o sector privado indonésio manifestou interesse em cooperar com empresas moçambicanas na transição para uma energia mais sustentável e na valorização local dos recursos minerais.