A Nvidia já vinha a desvalorizar desde a apresentação de resultados, mas esta terça-feira, 3 de Setembro, acabou por afundar 9,53%, anulando 278,9 mil milhões de dólares em capitalização bolsista. A tecnológica foi, também esta terça-feira, intimada pelo departamento de Justiça dos Estados Unidos (DoJ, na sigla inglesa), com o organismo a tentar obter provas de que a fabricante de semicondutores violou leis da concorrência.
A queda deste dia 3 agravou ainda mais as preocupações com um sobreaquecimento do rally de Inteligência Artificial. A Nvidia, que estava a ser castigada em bolsa por um Outlook para o próximo trimestre abaixo das expectativas mais altas de alguns analistas, teve um novo catalisador pela negativa.
Nos principais índices asiáticos, as perdas fizeram-se sentir com os títulos relacionados com fabricantes de chips a pressionarem e a colocarem os benchmarks regionais a caminho da maior queda em um mês – desde o sell-off de pânico de uma recessão nos Estados Unidos, que afectou em particular o Japão.
O ambiente de aversão ao risco foi agravado com dados sobre a evolução do índice de gestores de compras para a indústria norte-americana no mês de Agosto, que ficou abaixo das expectativas dos analistas.
“Os investidores estão a começar a questionar se o retorno sobre o investimento está a chegar”, comentou à Bloomberg Randy Abrams, responsável de research do UBS em Taiwan. “E estão um pouco nervosos, dado que alguns dados macroeconómicos não estão a mostrar tanta robustez”, acrescentou.
Pela China, o Hang Seng, em Hong Kong, perde 1,24% e o Shanghai Composite recua 0,56%. No Japão, o Nikkei afundou 4,24% e o Topix caiu 3,65%. Já na Coreia do Sul, o Kospi regista um decréscimo de 3,02%.
Também os futuros do Euro Stoxx 50 apontam para uma descida de 1,4%, numa sessão em que o sector da tecnologia também deverá penalizar.