Uma equipa de cientistas demonstrou que os ecocardiogramas realizados à distância com recurso à tecnologia do braço robótico apresentam uma precisão semelhante à dos realizados tradicionalmente. Este método pode ser utilizado remotamente com a tecnologia de braço robótico através de uma rede de comunicações 5G, proporcionando novas opções para os doentes com dificuldades de acesso.
Segundo o portal Zap Aeiou, os ecocardiogramas realizados com o braço robótico resultaram no mesmo diagnóstico que os meios convencionais em 98% dos casos.
“O exame abrangente com uma rede celular 5G e um sistema remoto baseado em braço robótico é viável com uma precisão de diagnóstico relativamente boa”, diz o co-autor do estudo, Yu Liu.
Neste estudo, os cientistas avaliaram a viabilidade deste método com 51 pacientes, que foram submetidos a ecocardiografia abrangente padrão num sistema ecocardiográfico remoto baseado num braço robótico de rede celular 5G, bem como numa plataforma ecocardiográfica convencional, sucessivamente.
Não houve intervalo entre os dois exames, e as análises do mesmo doente foram efectuadas por cardiologistas experientes mas diferentes, que não tinham conhecimento do diagnóstico uns dos outros. O médico que utilizou o sistema remoto foi aleatoriamente seleccionado e não teve formação prévia.
Dos pacientes analisados, a qualidade da imagem foi suficiente para o diagnóstico em 50. Apenas um doente foi excluído porque não foi possível obter algumas perspectivas importantes utilizando o sistema remoto.
Os resultados mostraram que 17 doentes tinham um problema cardíaco identificado através de ecocardiograma convencional presencial, incluindo dez com diagnóstico primário de valvulopatia, dois seguimentos de cirurgia cardíaca, dois casos de cardiomiopatia hipertrófica, dois com movimento anormal da parede ventricular esquerda e um com cardiopatia congénita.
O tempo de aquisição de imagens utilizando a ecocardiografia remota foi cerca de 50% mais longo do que o convencional.
Esta investigação traz assim várias vantagens, incluindo a protecção dos profissionais de saúde do risco de exposição durante pandemias, uma vez que o cardiologista pode não precisar de estar em contacto próximo com o doente se apenas for necessária uma consulta de ecocardiograma.