A China e a África do Sul, cujos líderes máximos se reuniram em Pequim, concordaram em promover um comércio equilibrado e discutiram o aumento dos investimentos bidireccionais entre as suas comunidades industriais e comerciais, segundo um comunicado conjunto divulgado esta terça-feira, 3 de Setembro.
O Presidente da China, Xi Jinping, e o seu homólogo sul-africano Cyril Ramaphosa reuniram-se na segunda-feira, antes do nono fórum de cooperação China-África. Ramaphosa tinha procurado com o governante chinês reduzir o défice comercial da África do Sul com Pequim e rever a estrutura comercial do seu país com o Governo chinês, solicitando uma produção mais sustentável e investimentos criadores de emprego.
A China, a segunda maior economia do mundo, é o maior parceiro comercial da África do Sul a nível global, mas o valor das suas importações provenientes do país asiático excedeu consideravelmente as suas exportações no ano passado.
Na declaração conjunta, a China mostrou-se disposta a aumentar a criação de postos de trabalho, citando conferências de recrutamento para empresas chinesas, com o objectivo de promover o emprego local na África do Sul. A declaração menciona igualmente a criação de bases de produção perto da fonte de matérias-primas relevantes e a promoção da transferência de tecnologia e de competências entre as suas empresas.
De acordo com a declaração publicada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, o país está igualmente disposto a partilhar mais da sua experiência em matéria de redução da pobreza e de revitalização rural.
Fortalecimento da Cooperação Sino-Sul-Africana Nas Diversas Áreas
Após a reunião, os dois países assinaram numerosos documentos de cooperação, que incluem a aplicação de um sistema de navegação por satélite, habitação e assentamento e requisitos de exportação de produtos lácteos e lã crua da África do Sul para a China.

Ambas nações estão a procurar expandir a cooperação em energia renovável, armazenamento de energia, transmissão e distribuição, afirma o comunicado, acrescentando que vão co-organizar uma nova conferência de investimento em energia a ser organizada pelas suas câmaras de comércio e associações. No entanto, o documento não inclui nenhum novo investimento específico ou promessas de financiamento.
Em contrapartida, quando os dois líderes se reuniram em Joanesburgo, em Agosto passado, antes de uma cimeira dos BRICS, as empresas chinesas de energia comprometeram-se a ajudar a modernizar as centrais nucleares da África do Sul, a prolongar a vida útil das suas centrais eléctricas a carvão e a criar instalações de fabrico de transformadores e painéis solares fotovoltaicos em todo o país.
Em Pequim, os dois líderes apelaram também conjuntamente à comunidade internacional para que apoie os países africanos na implementação do Acordo de Comércio Livre Continental Africano, uma Zona de Comércio Livre que constituirá a maior zona de comércio livre do mundo, criando um mercado continental único para bens e serviços, ajudando África a avançar na sua integração.
Fonte: Reuters
































































