A petroquímica sul-africana Sasol que explora gás natural na província de Inhambane, sul de Moçambique, está a financiar com mais de 30 milhões de meticais (465,4 mil dólares) um projecto de ordenamento territorial em cinco comunidades do distrito de Govuro.
Segundo uma publicação da Rádio Moçambique, a verba destina-se às comunidades de Maluvane, Pande, Colonga, Chimedje e Doane, onde estão a ser desenvolvidas algumas iniciativas, incluindo a implementação de serviços sociais básicos.
“Os trabalhos, que consistem na abertura de vias de acesso e implantação de marcos em alguns terrenos, arrancaram em Julho do ano passado e espera-se que estejam concluídos até finais de Outubro próximo”, avançou uma nota divulgada nesta segunda-feira, 2 de Setembro.
De acordo com a multinacional, até ao momento já foram parcelados mais de cinco mil terrenos e abertos mais de 40 quilómetros de vias de acesso, para facilitar a mobilidade de pessoas e bens.
Recentemente o DE informou que a Sasol (empresa de produtos químicos e energéticos) confirmou a extensão de um ano – até Junho de 2027 – no fornecimento de gás extraído no sul de Moçambique aos clientes industriais sul-africanos, que têm vindo a alertar para um potencial abrandamento na provisão daquele produto a partir do próximo ano.
O grupo cotado na Bolsa de Valores de Joanesburgo (JSE) reiterou mais uma vez a sua posição de que a quantidade de gás que pode fornecer aos clientes industriais diminuirá conforme o esgotamento das reservas e só poderá ser substituída pela importação de gás natural liquefeito (GNL) mais caro.
O fornecimento de gás do sul de Moçambique às instalações da Sasol em Sasolburg e Secunda (África do Sul) continuará até meados da década de 2030, embora o grupo tenha indicado anteriormente que não era comercialmente viável que estas fossem convertidas para GNL.