A Área 4, operada pela Mozambique Rovuma Venture (MRV), iniciou a fase de planeamento técnico para o projecto de Gás Natural Liquefeito (GNL) Rovuma LNG, um passo determinante para a concretização deste desenvolvimento estratégico na bacia do Rovuma.
Esta fase, também conhecida como Front-End Engineering Design (FEED), envolve a adjudicação de dois contratos para engenharia, aquisição e construção (EPC), de acordo com um comunicado emitido pela MRV.
Segundo o documento, “a fase FEED deverá durar cerca de 16 meses e é a última etapa antes da Decisão Final de Investimento (FID, na sigla em inglês)”, o que sublinha a sua importância para garantir que o projecto avance para a sua execução. A adjudicação dos contratos FEED tem como objectivo definir os parâmetros técnicos, o design final e os custos do projecto, assegurando uma execução eficiente e eficaz.
O Rovuma LNG prevê a produção de até 18 milhões de toneladas por ano (MTPA) de GNL, utilizando um design modular eléctrico, composto por 12 módulos de 1,5 MTPA cada. Conforme descrito no comunicado, “espera-se que o design modular e eléctrico do Rovuma LNG, com módulos pré-fabricados a serem montados em Afungi, aumente a competitividade e a flexibilidade do projecto e reduza a presença no local e os riscos de execução”. Esta abordagem inovadora pretende também “permitir uma maior redução de emissões de gases de efeito estufa”, contribuindo para uma operação mais sustentável.
Frank Kretschmer, presidente da ExxonMobil Moçambique, um dos principais parceiros na joint venture MRV, destacou a relevância deste avanço para o sucesso do projecto.
“A adjudicação e execução dos contratos FEED são um passo significativo para o desenvolvimento do projecto de classe mundial Rovuma LNG”, afirmou, acrescentando que a ExxonMobil irá “continuar a trabalhar com o Governo para maximizar os benefícios que este projecto trará ao povo de Moçambique por muitos anos.”
A MRV, uma joint venture formada pela ExxonMobil, Eni e China National Petroleum Corporation (CNPC), lidera o desenvolvimento do Rovuma LNG na Área 4, concessão de exploração e produção de gás natural offshore. “Esta parceria detém 70% da concessão, enquanto outras empresas, como a Galp, KOGAS e a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH), detêm os restantes 30%”, lê-se na nota.
No comunicado, a MRV enfatiza ainda que a colaboração com os consórcios EPC visa assegurar “um processo FEED sólido e eficiente, preparando as condições para uma implementação bem-sucedida do projecto”. Com a conclusão desta fase de planeamento técnico, a Área 4 estará preparada para avançar para a decisão final de investimento, “posicionando Moçambique como um potencial líder na produção de GNL na região”.