A Nokia e Axiom Space anunciaram uma parceria para integrar conectividade 4G/LTE nos fatos espaciais que serão utilizados na missão Artemis III da NASA. A colaboração visa melhorar a comunicação por voz entre os astronautas durante a exploração lunar e oferecer a capacidade de captar e transmitir vídeo HD e dados de telemetria em tempo real directamente para a Terra.
Denominados Axiom Extravehicular Mobility Unit (AxEMU), os fatos vão integrar módulos de dispositivos desenvolvidos pela Nokia Bell Labs para permitir que os astronautas comuniquem entre si e com o Controlo de Missão na Terra, durante a Artemis III, a primeira a levar humanos de regresso à superfície lunar em mais de 50 anos.
O projecto está associado ao plano maior da Nokia para a implementação de uma rede 4G/LTE na Lua, como parte da missão IM-2 da Intuitive Machines, programada para 2024. O passo é considerado fundamental para garantir a comunicação eficiente nas missões lunares, mas também noutras futuras missões extraterrestres, como as que visam o planeta Marte.
O chamado Lunar Surface Communications System (LSCS) é um sistema autónomo que combina dois componentes principais. O primeiro é uma “rede numa caixa”, que integra elementos de rádio, estação base e rede central numa unidade compacta, optimizada para o ambiente lunar. O segundo são os tais módulos de dispositivos a integrar nos fatos espaciais AxEMU, que comunicarão com a rede.
Ambos foram projectados para suportarem as condições extremas da Lua e dos voos espaciais, ao mesmo tempo que são optimizados para peso, tamanho e consumo de energia.
Os avanços oferecidos pelo sistema de comunicação são considerados fundamentais para o presente e futuro da exploração espacial.
“A possibilidade de transmitir vídeos e dados em tempo real permitirá uma análise mais detalhada das operações e do ambiente lunar, facilitando a tomada de decisões críticas pelos controladores de missão na Terra”, refere a Nokia em comunicado.
Além disso, a comunicação de alta velocidade tornará possível o uso de tecnologias emergentes, como realidade aumentada e virtual, para apoiar as actividades dos astronautas.
Fonte: Sapo