Os resultados definitivos da sessão de segunda-feira (26) indicam que o índice selectivo Dow Jones Industrial Average ganhou 0,16%, o tecnológico Nasdaq perdeu 0,85% e o alargado S&P500 recuou 0,32%.
O anterior máximo histórico do Dow Jones tinha ocorrido em meados de Julho.
“Depois de o presidente da Reserva Federal norte-americana (Fed), Jerome Powell, ter dito o que todos queriam ouvir (corte nas taxas de juro em Setembro), o mercado acelerou na sexta-feira”, lembrou Sam Stovall, do CFRA.
“E com o rácio preços (PCE) e os resultados da Nvidia (gigante dos semicondutores) a chegarem esta semana, os investidores aproveitaram a oportunidade para realizar alguns lucros”, explicou o analista.
“As avaliações são um pouco excessivas”, sublinhou, por sua vez, Kurt Spieler, responsável de investimento do First National Bank Omaha.
O sector dos semicondutores sofreu particularmente, como a Nvidia (-2,25%), a AMD (-3,22%) e a Broadcom (-4,05%).
O Dow Jones teve um bom desempenho graças à retoma da rotação dos investidores para acções que até agora tinham sido relativamente negligenciadas. É particularmente o caso das chamadas acções defensivas, ou seja, menos sensíveis à situação económica.
A Coca-Cola (+1,50%), o grupo petroquímico Dow (+0,93%) ou a seguradora Travellers (+0,43%) foram os mais procurados. O índice Russell 2000, que inclui apenas as PME, também teve um desempenho superior ao do S&P 500 e do Nasdaq, terminando quase estável (-0,04%).
Para Sam Stovall, esta rotação poderá permitir ao mercado de Nova Iorque manter-se firme em Setembro e Outubro, dois meses tradicionalmente difíceis. Além disso, o analista sublinha que nos seis meses seguintes a um primeiro corte das taxas, as acções tendem a progredir muito mais lentamente do que no período anterior.
A semana promete ser calma a nível macroeconómico, mesmo que o índice de preços PCE para os EUA seja esperado na sexta-feira, tal como o inquérito da Universidade de Michigan sobre a confiança dos consumidores.
No mercado, a Boeing caiu (-0,85%), após o anúncio, no sábado, de que os dois astronautas transportados para a Estação Espacial Internacional (ISS) pela nave Starliner do fabricante de aeronaves iriam finalmente regressar com a sua concorrente, a SpaceX. Este é um revês para a Boeing, que contava com este voo inaugural com tripulação para restaurar a imagem do Starliner, atrasado há vários anos.
As petrolíferas ExxonMobil (+2,14%), Chevron (+0,60%) e ConocoPhillips (+1,94%) aproveitaram a subida repentina dos preços do ‘ouro negro’, num contexto de crise na Líbia.