O administrador financeiro do Moza Banco, Devan Manmoandas, desafiou todos os seus homólogos, incluindo os demais profissionais do ramo das finanças, a estarem preparados para as novas dinâmicas da transformação tecnológica que colocam a Inteligência Artificial (IA) como um recurso cada vez mais pertinente no dia-a-dia das organizações.
De acordo com um comunicado a que o Diário Económico teve acesso, Devan Manmoandas falava na última sexta-feira, em Maputo, na primeira conferência dedicada aos profissionais do ramo financeiro, a Finance Executive Summit, onde fez uma viagem no tempo, na qual avaliou cronologicamente a evolução do papel do CFO (director financeiro), desde a década de 1960 até à actualidade, como forma de reafirmar a sua posição em relação ao futuro da profissão, no qual entende que a tecnologia de dados se tornará indispensável.
“O CFO de hoje tem de ter a capacidade de liderar pelo exemplo. Acima de tudo, deve ser capaz de acompanhar as dinâmicas da tecnologia de dados rumo à transformação digital. É preciso compreender que a aquisição de tecnologia não é tudo. A equipa deve estar preparada e disponível para receber e trabalhar com estas novas soluções tecnológicas”, sublinhou o administrador financeiro, citado na mesma nota.
Manmoandas incentivou o auditório a explorar cada vez mais a IA e as várias facilidades que potencialmente trará nos vários domínios do saber, principalmente no que toca ao sector financeiro.
Entretanto, o presidente da Comissão Executiva (PCE) do Moza, Manuel Soares, que partilhou na ocasião a sua longa experiência no campo financeiro, incluindo na posição de CFO, alertou os presentes para a necessidade de se salvaguardar o rigor e a integridade no exercício profissional. “Exercemos uma profissão que nos coloca muito expostos relativamente à corrupção e à fraude. O nosso grande desafio é garantir que somos íntegros e que, por isso, defendemos o património da empresa e dos nossos accionistas. O CFO tem o dever de colocar o dedo na ferida, tem a obrigação de dizer quando uma medida é ou não favorável para o crescimento da empresa”, alertou.
A Finance Executive Summit foi organizada com o grande objectivo de estabelecer uma comunidade nacional que reúna todos os profissionais do sector financeiro, gerando debates e insights que contribuam para o crescimento da classe no País.
“Para o Moza, a participação das suas lideranças em encontros relevantes para a classe financeira demonstra o reconhecimento que o mercado atribui ao trabalho que se tem levado a cabo, rumo ao crescimento do banco a vários níveis”, lê-se no comunicado.