A Agência Nacional para o Controlo da Qualidade Ambiental (AQUA) avançou que já está a investigar o caso de poluição ambiental denunciado pela comunidade, envolvendo a mineradora indiana Vulcan que explora carvão na mina de Moatize, na província de Tete, centro de Moçambique.
De acordo com o responsável jurídico da AQUA, Danilo Liasse, a entidade que representa está a avaliar o caso, no sentido de aferir se há matéria suficiente para a responsabilização administrativa (aplicação de multas), salientando que conta com a colaboração da Procuradoria-Geral da República (PGR) que deverá cuidar da matéria criminal.
“Ainda não temos dados científicos para falar sobre o que aconteceu. Neste momento, há uma equipa multidisciplinar que está no local a aferir todos os aspectos que têm que ver com a actividade daquela empresa para que sejam tomadas medidas com vista a salvaguardar o meio ambiente e a saúde pública”, afirmou.
Só nos últimos três anos, a Vulcan produziu anualmente mais de 35 milhões toneladas de carvão nas suas minas em Moatize, uma operação comprada, em Abril de 2022, à brasileira Vale por mais de 17 mil milhões de meticais (270 milhões de dólares).
A empresa privada indiana faz parte do Jindal Group, com um valor de mercado de 1,1 biliões de meticais (18 mil milhões de dólares), e antes já estava presente em Moçambique, operando a mina Chirodzi, localizada também na região de Tete.