A Enabel, uma agência belga de desenvolvimento, defendeu esta quinta-feira (22), durante a Conferência Local das Crianças e Jovens Sobre Mudanças Climáticas (LCOY, na sigla em inglês) através da oficial de financiamento climático, Xana Maunze, que para que o País seja competitivo e atraía investidores, é crucial que estabeleça mercados de carbono (CO2) bem regulados.
Durante o encontro, a oficial de financiamento climático na Enabel explicou o funcionamento desses mercados, tendo igualmente enfatizado a importância da participação de crianças e jovens no processo regulatório dessa área.
“Os mercados de carbono são essencialmente plataformas onde compradores e vendedores de créditos de carbono se reúnem para transaccionar”, avançou.
De acordo com a responsável, “esses créditos funcionam como certificados que permitem a emissão de gases de CO2 e outros gases de efeito estufa. Projectos que reduzem essas emissões podem gerar e vender esses créditos”.
“Esses créditos funcionam como certificados que permitem a emissão de gases de CO2 e outros gases de efeito estufa. Projectos que reduzem essas emissões podem gerar e vender esses créditos”.
“A regulamentação deste mercado em Moçambique está a ser elaborada por um grupo de trabalho interministerial, liderado pelo Ministério da Terra e Ambiente e pelo Ministério da Economia e Finanças”, acrescentou.
Na ocasião, Xana Maunze também sublinhou a importância de envolver as futuras gerações na criação e implementação de políticas ambientais.
“Os jovens têm um papel fundamental a desempenhar, pois são eles que estarão à frente dos projectos ambientais no futuro. Por isso, realizámos várias mesas redondas e sessões de capacitação nas quais os jovens puderam aprender mais sobre o funcionamento dos mercados de carbono, tendo dado também os seus contributos”, concluiu.
A Enabel é uma agência de desenvolvimento responsável pela implementação da cooperação governamental belga. A instituição trabalha também com doadores nacionais e internacionais para oferecer soluções aos desafios globais como alterações climáticas, urbanização, mobilidade humana, paz e segurança, desigualdades económicas e sociais, e para promover a cidadania global.
Com dois mil funcionários, gere cerca de 170 projectos em 20 países, em África e no Médio Oriente. Desde o ano 2000, Moçambique é um dos 14 países parceiros da cooperação governamental belga.
Texto: Florença Nhabinde































































