O primeiro carregamento de cobre exportado para os Estados Unidos da América (EUA) e proveniente da República Democrática do Congo, partiu esta semana do Porto do Lobito (sul de Angola), anunciou a concessionária do Corredor do Lobito.
Segundo a Lobito Atlantic Railway (LAR), foram também já exportados carregamentos de cobre para portos da Europa e Extremo Oriente, desde o início da concessão, em Janeiro.
A carga de gamas de cobre teve como destino Baltimore (Estado de Maryland, na costa Oeste dos EUA) e chegou ao Lobito na segunda-feira (19) num comboio operado pela LAR, seis dias depois de ter partido de Kolwezi, República Democrática do Congo (RDC).
“Este embarque evidencia a crescente oferta de serviços por parte das companhias marítimas internacionais no Porto do Lobito, facto que vai alavancar o desenvolvimento crescente das nossas operações e dos envios regulares de matérias-primas para a Europa e América”, considerou Francisco Franca, presidente do conselho de administração da LAR, citado no comunicado.
Há um mês, o terminal de minerais do Porto do Lobito deu início à operação portuária da LAR, com um navio de transporte de carga, carregado com 40 500 toneladas de enxofre.
Por enquanto, a LAR está actualmente a transportar apenas enxofre e cobre, mas “no futuro, pode ser combustível e mercadoria em geral”, adiantou à Lusa uma fonte da empresa.
A LAR espera receber em Dezembro novos vagões encomendados há cerca de dois meses a uma empresa sul-africana, segundo a mesma fonte.
Constituída pela Trafigura, Mota-Engil e Vecturis, a LAR obteve em 2022 a concessão para a operação, gestão e manutenção do corredor ferroviário do Lobito, e desde Janeiro opera, gere e mantém a linha ferroviária que se estende por 1300 km em Angola, entre o Porto do Lobito e o Luau, no Leste, e que faz a ligação com a rede ferroviária gerida pela Sociedade Ferroviária Nacional do Congo, na RDC.
O projecto de reabilitação deste corredor logístico, apoiado por Angola, República Democrática do Congo e Zâmbia, e em parceria para o Investimento Global em Infra-estruturas do Governo dos EUA, representa um investimento de mais de 500 milhões de dólares durante a vigência da concessão.
Está em curso um estudo de pré-viabilidade separado, apoiado pelos EUA e pela União Europeia, para a extensão da linha férrea do Lobito até ao norte da Zâmbia.
Fonte: Angola 24 Horas