A Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB), uma das maiores produtoras independentes de energia da região da África Austral, registou um aumento significativo nos seus lucros no primeiro semestre de 2024. De acordo com o relatório financeiro, consultado pelo Diário Económico esta quarta-feira (14), os lucros líquidos situaram-se nos 8,9 mil milhões de meticais, representando um crescimento de 56,7% em comparação com o mesmo período do ano anterior.
O documento refere este desempenho financeiro robusto colocando a empresa numa posição favorável para atingir os seus objectivos anuais. “Estima-se que, até ao final do ano, os lucros líquidos possam atingir os 13,8 mil milhões de meticais, conforme previsto no orçamento”.
“Os resultados financeiros da HCB também mostraram uma melhoria significativa, com um valor de 1,5 mil milhões de meticais, um aumento impressionante de 1837,3% em comparação com os 77,6 milhões de meticais registados no primeiro semestre de 2023. Este aumento deve-se aos rendimentos das aplicações financeiras e à apreciação do rand sul-africano face ao metical”, lê-se no relatório.
O documento explica que os rendimentos da HCB se situaram nos 19,4 mil milhões de meticais, representando um aumento de 37,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior. “Este crescimento é atribuído, em grande parte, aos ajustes tarifários implementados no segundo semestre de 2023 e no início de 2024, bem como à implementação do projecto de transformação. O aumento do fee de concessão, devido ao incremento das vendas, também contribuiu significativamente para este crescimento”, acrescenta.
Os gastos operacionais da empresa ascenderam a 6,6 mil milhões de meticais, registando um aumento de 19,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. No entanto, os resultados operacionais, que excluem os gastos, atingiram 12,8 mil milhões de meticais, representando um crescimento de 48,7%.
O relatório refere que a HCB continua a consolidar a sua posição enquanto peça fundamental no sector energético da região, contribuindo significativamente para o fornecimento de energia e desenvolvimento económico da África Austral.
Texto: Felisberto Ruco