O Governo italiano está a implementar, em Moçambique, um programa de cooperação avaliado em 85 milhões de euros (5,8 mil milhões de meticais), com o objectivo de concretizar a sua visão de desenvolvimento, impulsionar diversos sectores da economia e atrair mais investimentos.
De acordo com o embaixador da Itália no País, Gianni Bardini, citado pela Agência de Informação de Moçambique, a iniciativa foi acordada em 2022 durante a visita do Presidente Sérgio Mattarella a Moçambique e insere-se no “Plano Mattei”, que deverá vigorar por um período de cinco anos (2024-28).
“A Itália concentra actualmente a sua intervenção nas províncias de Sofala e Manica, na região centro, onde estão em curso projectos-piloto, de que se destacam a criação de um centro agro-alimentar em Chimoio, orçado em 35 milhões de euros, dos quais 5 milhões em donativos e 30 milhões em empréstimos concessionados”, clarificou.
Segundo o diplomata, trata-se de um importante projecto que servirá de incubadora tecnológica e transferência de competências, numa altura em que o País ainda dispõe de um número limitado de unidades de agro-processamento.
Bardini reconheceu que Moçambique enfrenta vários desafios de saúde pública, sendo que, para aliviar e minimizar o cenário, o seu país aloca anualmente ao Ministério da Saúde um total de um milhão de euros.
“Em termos de impacto económico, a nossa presença em Moçambique nunca teve tanta visibilidade como hoje, presença essa reforçada pela Eni, através do projecto de exploração de hidrocarbonetos Coral Sul FLNG, na Bacia do Rovuma”, referiu.