Existem duas formas de investir em capital de risco e ambas dependem das responsabilidades, direitos e deveres dos fundadores da empresa e dos investidores.
Podem ser divididas em dois tipos: sócio geral – quando todos os investidores têm a mesma autonomia para decidir sobre as estratégias da empresa; sócio limitado – quando nem todos os membros têm a mesma participação na companhia. Neste caso, alguns entram com recursos financeiros e outros concentram-se na gestão da empresa.
Quando o fundador de uma empresa procura um investimento de capital de risco, um dos primeiros passos é determinar o nível de participação de cada accionista, o nível de acção dos investidores e os poderes e responsabilidades de cada um.
Para que o investimento seja bem-sucedido, os parceiros devem também chegar a um acordo sobre a forma como as decisões de gestão serão divididas ou se a participação de um investidor se limitará a uma contribuição financeira. Neste último caso, quando a empresa cresce e os objectivos são atingidos, os investidores que apenas contribuíram com capital podem comprar a sua parte dos lucros e retirar-se da empresa. Em linguagem de mercado, este acerto de contas é conhecido como um evento de saída ou de liquidez.
Para além de estabelecer as orientações, as competências e as respectivas percentagens de participação, outra definição essencial na procura de capital de risco é determinar em que fase de desenvolvimento se encontra a empresa. Se está na fase inicial, quando precisa de capital para “arrancar” a sua ideia, se já está numa fase mais desenvolvida, mas ainda precisa de apoio, ou se já está num momento de crescimento e aceleração.
Para cada uma destas fases, existem “actores” no ecossistema das startups e diferentes classificações de capital. As mais comuns são:
Incubadoras
Como o nome sugere, as incubadoras ajudam as startups ainda em fase inicial a validar e testar hipóteses num ambiente seguro, de forma que se desenvolvam de acordo com a estratégia definida. Muitas destas incubadoras existem dentro das universidades e apoiam os alunos na criação de novas empresas. Mas não há uma regra: outras instituições e organizações podem funcionar como incubadoras.
Aceleradoras
São organizações privadas que têm a capacidade de investir em projectos inovadores, com capital próprio ou de terceiros. O que diferencia as aceleradoras das incubadoras é que, para ingressar numa aceleradora, essas empresas precisam de ter algum grau de evolução ou um modelo de negócio viável. Ou seja, a empresa já está activa, mas ainda precisa de um impulso para atingir o seu objectivo.
Fonte: Infomoney