Os preços dos diamantes angolanos ficaram 30% a 55% abaixo do planificado no primeiro semestre de 2024, anunciou esta quarta-feira, 7 de Agosto, a administração da Empresa Nacional de Diamantes de Angola (ENDIAMA).
“De facto, a situação do mercado dos diamantes não está muito satisfatória. Hoje temos praticamente vendas abaixo de 30% a 55% do preço planificado. Se se mantiverem os níveis actuais dos preços provavelmente vamos experimentar algumas dificuldades até ao final do ano”, disse o administrador executivo da ENDIAMA, Laureano Receado Paulo.
O responsável, que falava esta quarta-feira, na abertura do workshop de balanço semestral de produção de diamantes neste ano e perspectivas para o futuro, sinalizou também um conjunto de desafios que actualmente o subsector dos diamantes enfrenta.
De acordo com o gestor, o segmento da produção dos diamantes em Angola só poderá melhorar com o conhecimento geológico para a descoberta de novas minas, realçando que já decorrem trabalhos para a melhoria do sistema de desmonte, carregamento, transporte e tratamento de diamantes.
“Continuamos também a dar ênfase à questão relacionada com questões económicas, teremos de trabalhar sempre no sentido de reduzir os custos ambientais. Para nós, uma grande missão é também a questão da responsabilidade social”, frisou.
O responsável ainda a necessidade de aumentar a capacidade produtiva e investigativa a nível da mina de Catoca, uma das maiores minas do país, para a manutenção da sua produção até aos próximos 20 anos, referindo que a mina do Luele está em fase de consolidação.
“Neste momento, temos em fase muito avançada dois projectos da ENDIAMA: o Chambacanda e o Luaximba, que poderão, num futuro breve, aumentar o ciclo produtivo a nível do subsector dos diamantes”, concluiu.
Segundo o portal Minas de Angola, pelo menos 4,2 milhões de quilates de diamantes foram produzidos nos primeiros cinco meses de 2024 em Angola, período em que o país facturou 288 milhões de dólares.
As minas de Catoca e Luele produziram a maior parte dos diamantes neste período, nomeadamente 88% da produção retirados de depósitos primários e 12% dos depósitos secundários.
Fonte: Lusa