O Presidente da República, Filipe Nyusi, durante o informe sobre o estado da nação que teve lugar quarta-feira (7) no Parlamento, identificou os desastres naturais e o terrorismo em Cabo Delgado como alguns dos principais factores que prejudicaram a balança comercial do País.
Filipe Nyusi destacou os resultados encorajadores e as conquistas que devem orgulhar todos os Moçambicanos, pois representam os seus sacrifícios. No entanto, sublinhou que a caminhada rumo ao desenvolvimento do País “não é linear”, estando repleta de desafios.
Entre os diversos factores que prejudicaram a balança comercial durante os seus dez anos de governação, Filipe Nyusi apontou, em primeiro lugar, os desastres naturais, que resultaram na perda de vidas humanas e na destruição de infra-estruturas essenciais. “Os ciclones e inundações devastaram várias regiões, afectando gravemente a economia e a capacidade produtiva do País”, afirmou o Presidente.
Além dos desastres naturais, Filipe Nyusi destacou o terrorismo e extremismo violento que emergiu em Cabo Delgado desde 2017 como um dos principais obstáculos ao desenvolvimento. Este flagelo resultou em mortes, deslocamentos forçados e pilhagem de bens das populações, além da destruição de infra-estruturas vitais. “O terrorismo em Cabo Delgado continua a ser uma séria ameaça à segurança e ao desenvolvimento do nosso País”, disse.
A tensão militar na zona centro de Moçambique foi também mencionada como um factor crítico que condicionou o crescimento económico, prejudicando a estabilidade necessária para o progresso. “A instabilidade militar impede o desenvolvimento harmonioso e contínuo que todos desejamos para Moçambique”, enfatizou.
A pandemia da covid-19 foi outro factor identificado como prejudicial à balança comercial. A necessidade de investir em medidas de preservação de vidas e protecção da sociedade afectou os recursos destinados ao desenvolvimento económico. “A pandemia exigiu um redireccionamento de recursos, impactando negativamente a economia”, explicou.
Por último, o Presidente mencionou o conflito entre a Rússia e a Ucrânia, cujas repercussões negativas a nível internacional incluíram Moçambique. “Os efeitos deste conflito têm sido sentidos em várias áreas, desde a economia global até à nossa balança comercial”, destacou.
Apesar destes desafios, Filipe Nyusi reforçou o compromisso do seu Governo em implementar uma agenda de desenvolvimento e prosperidade para todos os Moçambicanos. “Todos estes factores exercem um peso negativo na balança comercial, mas, com trabalho abnegado e determinação, continuamos a promover o crescimento inclusivo, combater a pobreza e assegurar o bem-estar da nossa população”, concluiu.
