Na noite de segunda-feira (22), um empresário de origem asiática foi raptado em Maputo, marcando o segundo incidente deste tipo em menos de três dias.
Segundo o jornal O País, o sequestro ocorreu quando cinco indivíduos, três dos quais armados, invadiram o estabelecimento comercial da vítima. Após renderem o empresário, arrastaram-no para fora do local e transportaram-no para um veículo de fuga onde se encontravam outros dois criminosos.
Este novo rapto sucede a um incidente semelhante ocorrido na noite de sábado (20) passado, quando três homens armados invadiram uma loja de bebidas. Naquela ocasião, o proprietário do estabelecimento e outros reféns foram dominados, e o empresário foi levado para fora do local, onde dois cúmplices aguardavam num carro de fuga.
A Polícia da República de Moçambique (PRM) declarou estar a investigar os dois raptos. O primeiro incidente, que teve lugar no sábado, resultou na morte de uma das vítimas. As autoridades estão a concentrar os seus esforços na identificação e captura dos responsáveis pelos sequestros recentes.
De acordo com a informação, os raptos ocorrem uma semana após o Presidente da República ter exigido que a polícia identificasse pelo menos um mandante dos crimes. O ministro do Interior classificou os raptos como um crime com moldura penal relativamente leve.
“Este novo rapto sucede a um incidente semelhante ocorrido na noite de sábado (20) passado, quando três homens armados invadiram uma loja de bebidas”
De acordo com o jornal notícias, o serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) apresentará esta terça-feira (23) o cativeiro de um empresário sequestrado na noite de ontem entre as avenidas Mártires da Machava e 24 de Julho, na cidade de Maputo. “O local situa-se no condomínio Tchumene 1, próximo à 10.ª Esquadra da Polícia da República de Moçambique (PRM), no Município da Matola, onde também será apresentado um suspeito envolvido nos dois últimos raptos”, descreve o jornal.
Nos últimos dez anos, Moçambique tem enfrentado uma escalada de crimes transnacionais, como raptos, tráfico de drogas e branqueamento de capitais. A recente série de incidentes sublinha a necessidade urgente de reforçar as estratégias de combate à criminalidade e de garantir a segurança dos cidadãos e empresários na região.