O Governo revelou nesta terça-feira, 16 de Julho, que durante o período de 2020-24, foi assistido 1,7 milhão de agregados familiares que vivem abaixo da linha de pobreza em Moçambique.
“Ao longo de 2020-24, mais de 1,7 milhão de agregados familiares foi assistido por viver abaixo da linha de pobreza, dos quais 1,1 milhão recebeu assistência no âmbito da resposta social à covid-19”, informou a ministra do Género, Criança e Acção Social, Nyeleti Mondlane, durante a realização de mais uma sessão do Conselho de Ministros.
Citada pela Radio France International, a governante ressaltou ainda que houve uma melhoria no atendimento às vítimas de violência, que passou de 10% em 2019 para 33% em 2023, acrescentando que as acções de sensibilização, advocacia e defesa dos direitos da criança resultaram numa maior protecção e acesso aos serviços básicos.
Mesmo diante destes resultados, Mondlane instou os funcionários do sector a intensificarem as acções de promoção, para que “tenhamos uma sociedade solidária que defenda os direitos da criança, da mulher, dos idosos e das pessoas com deficiência”, destacando a necessidade de combater-se o abandono de menores, a violência, as uniões prematuras, as gravidezes precoces, a subnutrição e a mendicidade.
Segundo o relatório, os choques económicos e climáticos são os principais responsáveis pelo aumento da pobreza, que tem afectado uma parcela significativa da população, com características demográficas e socioeconómicas distintas.