O Estado acumulou, no primeiro semestre deste ano, um prejuízo no valor de cerca de 405 milhões de meticais, em consequência de actos de corrupção em diversas instituições do País.
Segundo o Gabinete Central de Combate à Corrupção (GCCC), este valor resulta de 1328 processos tramitados. Os tipos legais de crimes mais frequentes foram o de corrupção passiva para acto ilícito, com registo de 236 casos, seguida de corrupção activa, com 169, abuso de cargo ou função, com 95, peculato, com 70, e simulação de competências, com 65.
“No mesmo período, foi apreendido o montante de 277,6 mil meticais depositado na Conta Única do Tesouro, quatro imóveis avaliados em mais de 39 milhões de meticais e uma viatura de 1,3 milhões de meticais”, acrescentou a instituição.
Em Abril, o Gabinete Central de Combate à Corrupção revelou que está a intensificar as suas investigações, numa manobra estratégica para remover o País da “lista cinzenta” do Grupo de Acção Financeira Internacional (GAFI).
Na altura, a entidade clarificou que há um esforço concentrado para que os casos de branqueamento de capitais recebam uma análise mais aprofundada e criteriosa, resultando na acusação e encaminhamento dos envolvidos aos tribunais, sempre que se verifiquem provas suficientes.