O Governo de Itália vai disponibilizar um total de 35 milhões de euros (2,3 mil milhões de meticais) para dinamizar a actividade na província de Manica, região centro do País, através da edificação de um centro agrário para transformação de alimentos.
De acordo com uma publicação do Further Africa, para a materialização desta iniciativa, os governos dos dois países assinaram nesta segunda-feira, 8 de Julho, um memorando de entendimento e, na ocasião, o director-geral para Cooperação e Desenvolvimento da Itália, Stefano Gatti, referiu esta colaboração como muito importante, pois vai trazer novos avanços para o sector com tecnologia adequada.
“Para além de financiar a construção do centro, o Governo italiano vai apoiar a formação de quadros na área agrícola, sendo este o primeiro passo de uma colaboração de longo prazo, na qual vamos trazer, para Moçambique, a nossa experiência na componente de produção e transformação dos alimentos”, declarou o responsável.

Por sua vez, o ministro da Economia e Finanças, Max Tonela, avançou que a iniciativa faz parte dos esforços que os dois governos estão a tomar para acelerar a cooperação económica, um compromisso assumido em Julho de 2022, quando o chefe de Estado italiano, Sergio Mattarela, visitou Moçambique.
“Agradecemos esta visita da delegação italiana. Esta iniciativa faz parte das medidas que temos estado a tomar para fortalecer as relações históricas existentes”, frisou.
Itália era, em 2020, o principal destino das exportações de Moçambique para a União Europeia (UE), constituídas sobretudo por alumínio.
No sector petrolífero, em Novembro de 2022, a italiana Eni liderou o início da exploração de gás natural nas reservas da Bacia do Rovuma, classificadas entre as maiores do mundo, através de uma plataforma flutuante estacionada a cerca de 40 quilómetros ao largo de Cabo Delgado, no norte de Moçambique.