Um total de 300 empresas que actuam ao longo do Corredor de Nacala e na província de Cabo Delgado, no norte de Moçambique, estão em linha para, nos próximos três meses, beneficiarem de seminários que promovem ligações entre instituições financeiras e prestadores de serviços de desenvolvimento empresarial, informou esta segunda-feira, 8 de Julho, a Agência de Informação de Moçambique.
Segundo o órgão, a acção é da iniciativa do Feed The Future (FTF) Premier-Oholo (PRO), um projecto de dois mil milhões de meticais (32,2 milhões de dólares), que será implementado em cinco anos com a parceria da Agência dos Estados Unidos da América para o Desenvolvimento Internacional (USAID) e da Agência Suíça para o Desenvolvimento e Cooperação (SDC).
O FTF PRO tem como objectivo melhorar os agro-negócios, alavancando oportunidades de valor acrescentado para atrair investimento privado. Os organizadores da iniciativa promoveram, na última sexta-feira (5), um seminário para o qual convidaram 42 Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPME), seis instituições financeiras e igual número de prestadores de serviços de desenvolvimento empresarial, e onde foram apresentados alguns casos de sucesso de quatro empreendedores.
O director do projecto, Muhamad Hanif, destacou a importância do evento para a promoção de um sistema de mercado mais inclusivo e ressaltou que a iniciativa visa criar novas oportunidades de crescimento e desenvolvimento para as MPME da região.
“Um dos principais desafios enfrentados pelas empresas na região norte é o acesso ao financiamento, por isso estamos com diversos parceiros do sector financeiro, banca comercial, instituições de micro finanças e provedores de serviços de desenvolvimento de negócios que vão apoiar essa ligação entre as empresas e os serviços financeiros”, explicou.
Muhamad Hanif aconselhou os jovens em particular, para que “não desistam, pois existem muitas oportunidades que estão a surgir. O mais importante é que se preparem para aproveitá-las. Isso é o mais importante”.
O projecto FTF PRO prevê impactar 112 mil pessoas, entre mulheres e jovens, nas suas pequenas, médias e grandes empresas, para que aumentem o seu rendimento e promovam um sistema de mercado mais competitivo, inclusivo e resiliente, para reduzir a pobreza e aumentar a segurança alimentar.