O Governo Provincial de Inhambane informou, recentemente, que o controlo das quantidades de castanha de caju comercializadas na região poderá ser comprometido devido ao comportamento de alguns compradores, que tentam evitar o pagamento de taxas de registo e outros serviços obrigatórios na sua actividade.
Este problema é agravado pela fraca abrangência da rede de extensão no âmbito da monitoria da comercialização e pelo fraco comprometimento dos governos distritais na sensibilização dos actores do sector, segundo informações do jornal notícias.
Simão Mavimbe, porta-voz do Conselho Executivo Provincial, destacou que a falta de adesão ao Decreto 78/2018, de 6 de Dezembro, por parte dos actores do subsector, é um dos principais constrangimentos enfrentados. Para reverter esta situação, o Governo está a adoptar várias medidas, incluindo a sensibilização dos compradores sobre a importância do registo de actores e outros serviços.
Além disso, Simão Mavimbe informou que está em curso um trabalho conjunto com a Delegação do Fundo de Fomento Agrário e Extensão Rural (FAR, FE) e com os Serviços Distritais de Actividades Económicas (SDAE), para reforçar a intervenção dos técnicos contratados através do programa Sustenta na monitoria e promoção dos serviços de extensão, com o apoio do Instituto de Amêndoas de Moçambique (IAM).
Na campanha 2022-24, foram produzidas e comercializadas 176 616 toneladas de castanha bruta, resultando em receitas de mais de 800 milhões de meticais (cerca de 12,6 milhões de dólares). Mais de duas mil toneladas foram processadas nas pequenas unidades de processamento na província, e 1928 toneladas nas unidades industriais.
A comercialização da castanha de caju envolveu vários actores, incluindo produtores, intermediários, indústrias de processamento primário, exportadores de castanha bruta e processadores. Foram tratados 879 mil cajueiros, superando os 850 mil planificados, e foram podados 263 225 cajueiros dos 194 892 planificados.
Nas acções preparatórias, foram realizadas reuniões para harmonizar abordagens entre os diferentes actores da cadeia de valor, resultando na formação de 1351 produtores, 66 comerciantes, 17 técnicos, 26 autoridades locais e 50 líderes de cooperação. Foram também contratados 12 fiscais e estabelecidos postos de controlo nas principais áreas de produção e armazéns transitórios.
“O subsector do caju em Inhambane registou uma produção abaixo dos 60% na última campanha, mas as previsões para a presente campanha apontam para um aumento de produção devido aos bons níveis de precipitação e à assistência técnica proporcionada por alguns dadores”, informou a fonte.






























































