A 2.ª Conferência da Biodiversidade Marinha, ocorrida nos dias 17 e 18 de Junho em Nacala-Porto, foi marcada pela ênfase em novas técnicas de pesca sustentável, de acordo com informações da Rádio Moçambique.
Organizado pela BIOFUND em colaboração com o Ministério do Mar, Águas Interiores e Pescas, além de diversos parceiros nacionais e internacionais, o evento atraiu 510 participantes presenciais e mais de 6 mil participantes online ao longo de dois dias.
De acordo com a informação, durante o evento, foram debatidas estratégias cruciais para a conservação dos ecossistemas marinhos do País, com destaque para a implementação de práticas que não comprometam a sustentabilidade dos recursos pesqueiros. A descentralização na gestão dos recursos e a promoção de técnicas sustentáveis foram temas centrais nas palestras e mesas-redondas.
A ministra do Mar, Águas Interiores e Pescas, Lídia Cardoso, enfatizou a importância da comunicação eficaz na implementação de políticas de conservação marinha, ressaltando o papel vital das técnicas de pesca sustentável. Por sua vez, o presidente do Conselho de Administração da BIOFUND, Narciso Matos, reiterou o compromisso da organização na mobilização de recursos para a gestão sustentável da biodiversidade marinha.
Já Alexandra Jorge, directora de Programas da BIOFUND, sublinhou a relevância da transparência na divulgação de dados de pesquisa e na sensibilização pública sobre os esforços de conservação. Tal como descreve a RM, o evento proporcionou uma plataforma significativa para a troca de conhecimentos, apresentação de pesquisas inovadoras e fortalecimento das redes de colaboração entre os participantes.
O envolvimento das comunidades locais na gestão dos recursos marinhos e a educação ambiental foram destacados como fundamentais para a consciencialização e preservação dos ecossistemas costeiros e marinhos. Além disso, foram discutidos os desafios e oportunidades nas áreas de conservação marinha, incluindo o financiamento para projectos voltados para a conservação de invertebrados marinhos, muitas vezes menos prioritários em comparação com espécies de maior porte.
A conferência encerrou com o anúncio de que a próxima edição, em 2025, será realizada na cidade da Beira, visando ampliar o impacto das discussões e iniciativas sobre a conservação dos ecossistemas marinhos em diferentes regiões de Moçambique.