O administrador do Instituto Nacional das Comunicações de Moçambique (INCM), Constâncio Trigo, informou esta quarta-feira, 26 de Junho, que a instituição tem apostado, nos últimos anos, após os vários desastres naturais, na criação de facilidades regulatórias e de taxas para os operadores reporem as telecomunicações.
“Do nosso lado, como reguladores, o que temos feito para o caso das infra-estruturas de telecomunicações que têm sido muito afectadas, é criar todo o tipo de facilidades para que os operadores possam rapidamente recuperar essas mesmas infra-estruturas e repor as comunicações”, disse à Lusa o administrador executivo do INCM.
O responsável falava à margem do 14.º Fórum das Comunicações da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que decorre na Fundação Cupertino de Miranda, no Porto, em Portugal.
“Essas acções têm incidido, por exemplo, na isenção de pagamento de taxas radioeléctricas por algum período de tempo, exactamente para poderem financiar a recuperação das infra-estruturas perdidas”, disse o responsável.
Já do lado governamental, a fonte referiu a existência “de muito apoio na facilitação da importação dos equipamentos de telecomunicações, e para a própria reposição de todo o investimento que tem sido perdido com os desastres naturais”.
“O papel, tanto do Governo como do regulador, é criar um processo de facilitação para que os operadores possam voltar a investir e operar”, apontou, sublinhando que, com tempo, as empresas recuperam o investimento que fazem.
Questionado sobre a preparação para lidar com eventuais fenómenos climáticos agressivos no futuro, Constâncio Trigo assinalou: “há muito trabalho que tem sido feito”, sobretudo em termos organizacionais. “Temos estado a aprender muito porque sofremos muito”, salientou.
De referir que o responsável, na ocasião, apontou progressos como o licenciamento da operadora Starlink, que utiliza satélites para as comunicações.