A capitalização bolsista, principal indicador do mercado moçambicano de valores mobiliários, cresceu 4% no primeiro trimestre do ano em curso, tendo-se fixado nos 2,9 mil milhões de dólares, o equivalente a 191,4 mil milhões de meticais.
Dados divulgados nesta quarta-feira (12) recordam que, no final do mês de Dezembro de 2022, a capitalização bolsista situava-se nos 164,2 mil milhões de meticais (2,5 mil milhões de dólares), tendo subido, em 2023, 12%, estando na casa dos 183,9 mil milhões de meticais (2,8 mil milhões de dólares).
“Em Março, os números sofreram mais um aumento de 4%, estando nos 191,4 mil milhões de meticais, o correspondente a 26,88% do Produto Interno Bruto (PIB)”, explica o documento elaborado pela Bolsa de Valores de Moçambique (BVM).
Segundo a entidade, a bolsa nacional fechou o primeiro trimestre com um volume de negócios superior a 8,6 mil milhões de meticais (133 milhões de dólares) e 86 títulos cotados.
“Estão cotadas na BVM empresas como a Companhia Moçambicana de Hidrocarbonetos, a Cervejas de Moçambique, a Hidroeléctrica de Cahora Bassa, a Arko Seguros, a Rede Viária de Moçambique, entre outras”, destaca.
“Desde o arranque do funcionamento da BVM, em 1999, que a capitalização do mercado tem conhecido um crescimento positivo, destacando o incremento notável desde 2016, que teve uma evolução de quase 200% até final de 2023”, avançou.
Na altura, o responsável disse que a evolução da capitalização bolsista resultava da valorização do mercado accionista e dos mercados obrigacionistas, casos das Obrigações de Tesouro, Obrigações Corporativas e Papel Comercial, e dependia de novas emissões, exclusões ou valorização dos preços de cotação.
“Apesar dos factores económicos adversos, esta evolução tem sido positiva ao longo dos anos, evidenciando a resiliência do mercado de capitais”, concluiu.