O Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural (MADER), em parceria com o projecto MozBio2, Organização Internacional do Café (ICO), Associação Moçambicana de Cafeicultores (AMOCAFÉ), Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO) e a Agência Italiana de Cooperação para o Desenvolvimento organizam em Moçambique, pela primeira vez, o Festival do Café de Maputo, informou esta quarta-feira, a Agência de Informação de Moçambique (AIM).
Segundo o órgão, o evento, que terá lugar nos dias 14 e 15 de Junho corrente, acontece numa altura em que a produção de café nacional tem estado a ganhar notoriedade, contando actualmente com mais de cinco mil agricultores locais e mais de dez empresas nas províncias Maputo, zona sul, Sofala, Manica, Tete e Zambézia, zona centro e província de Cabo Delgado, na zona norte.
O comunicado dos organizadores faz menção que, para os pequenos agricultores a produção do café vem representando uma fonte de diversificação de renda e de adopção de práticas de agricultura de conservação, preservando a floresta e a sua rica biodiversidade.
“O Festival do Café terá lugar no Montebelo Indy (Maputo Congress Hotel) em Maputo. Será dirigido pelo ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Celso Ismael Correia, e contará com um programa repleto de palestras, de sessões demonstrativas e uma feira de exposição, proporcionando uma plataforma para a discussão e a exploração de temas cruciais, relacionados com a produção, processamento e o consumo do café”, refere a nota de imprensa, citada pela AIM.
De entre várias actividades previstas, durante o festival, será lançada a publicação do Guia Prático – Cultivo de Café sob Sistema Agroflorestal em Moçambique, produzido recentemente pelo programa TriCafé, uma colaboração entre Moçambique, Brasil e Portugal, a qual será apresentada por Fábio Partelli, da Universidade Federal do Espírito Santo.
De acordo com a organização, ao conectar os principais actores desta cadeia, o Festival do Café de Maputo fortalecerá as ligações necessárias para criar um mercado que prima pela consistência, qualidade e o estabelecimento de acordos comerciais entre marcas e produtos relacionados.
Refira-se que, atendendo ao potencial de produção de café e a busca de mercados de maior valor, Moçambique aderiu ao Acordo Internacional do Café, em 2023, num acto dirigido pelo ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Celso Ismael Correia, na Sede da Organização Internacional do Café, em Londres, no Reino Unido. Este foi um passo importante para a exposição do País a parcerias que ajudem a tornar o sector do café de Moçambique mais competitivo no mundo.