Os produtores de citrinos em Moçambique impulsionaram as suas competências produtivas com a assinatura de um memorando de entendimento (MoU) com a Associação de Produtores de Citrinos da África Austral (CGA, sigla em inglês).
Segundo uma nota divulgada pelo 360º Mozambique, o acordo permitirá à Associação dos Produtores de Citrinos de Moçambique (MCA), um grupo de partes interessadas de base alargada e co-signatário do memorando de entendimento, “ter acesso a uma riqueza de conhecimentos e apoio”, afirmou o director executivo da CGA, Justin Chadwick.
O potencial rico em recursos que a CGA detém para a MCA foi confirmado por Tertius Strauss, produtor de citrinos moçambicano e director geral da Verdant Produce Mozambique Tertius Strauss, uma empresa produtora que opera na zona de Massingir, a 336 quilómetros a norte de Maputo, e que emprega 150 pessoas.
Para Strauss, actualmente a indústria de citrinos no País é ainda muito pequena mas tem muito potencial, logo, o memorando de entendimento irá apoiar o estabelecimento de uma indústria duradoura.
“A adesão à CGA é uma das formas de colocar os citrinos em Moçambique a funcionar num palco global. Embora a cultura de citrinos no País esteja na sua infância, com o cultivo de limões e toranjas em Massingir e Maputo a constituir a actual capacidade de produção de Moçambique, é necessária uma visão a longo prazo para fazer crescer o sector”.
Por seu turno, Chadwick acrescentou que a CGA e o seu grupo de empresas irão capacitar a MCA de várias formas, que “incluem receber assistência técnica da Citrus Research International, formação avançada pela Citrus Academy e maior acesso aos mercados internacionais através dos canais estabelecidos pela CGA.”
Chadwick referiu que era notória a motivação da MCA para estabelecer um sector de citrinos moçambicano florescente, alavancando as suas vantagens únicas, que incluem o Porto de Maputo, o porto mais eficiente da África Subsaariana, de acordo com o mais recente Índice de Desempenho do Porto de Contentores do Banco Mundial.
O presidente da CGA destacou ainda o facto de esta já representar mais de 1560 produtores da África do Sul, Essuatíni, Zimbabué, Botsuana e Namíbia, acrescentando que era um grande prazer acolher Moçambique também. “Somos agora uma associação industrial da África Austral verdadeiramente unida”, concluiu.