O director-geral da Puma Energy Moçambique, Danilo Correia, assegurou que o Governo já está a pagar a dívida acumulada pelo Estado às petrolíferas que importam e distribuem combustíveis líquidos no País.
“Surgiu, realmente, uma dívida muito grande, que se agravou em Março de 2021, por efeitos da guerra entre a Rússia e a Ucrânia. O Governo tomou medidas para diminui-la e, neste momento, está, de facto, a reduzir”, explicou.
Falando numa conferência de imprensa de apresentação de um relatório sobre segurança energética e desenvolvimento de infra-estruturas, o responsável revelou que a dívida que existia com a empresa que dirige já diminuiu de forma considerável, tendo passado dos 50 milhões de dólares para 14 milhões.
“Cremos que, se não houver grandes subidas do preço internacional nos próximos três ou quatro meses, a dívida ficará resolvida. Isto revela um grande trabalho de colaboração entre o Governo e as empresas nos últimos meses, e estamos muito satisfeitos com o processo”, acrescentou.

Danilo Correia destacou que “o actual processo de pagamento da dívida por parte do Estado não só acontece ao nível da Puma Energy, mas também das restantes petrolíferas”, reconhecendo que “cada caso é um caso”.
Em Março do ano passado, a Confederação das Associações Económicas (CTA) de Moçambique revelou que a dívida do Governo junto das empresas petrolíferas triplicou, tendo saído de 120 milhões para cerca de 450 milhões de dólares, secundando que o cenário estava a deixar o sector numa situação financeira insustentável.
A insustentabilidade da dívida já levou ao colapso de algumas importadoras. Em Abril de 2022, a Associação Moçambicana de Empresas Petrolíferas disse que a dívida associada ao impacto do conflito entre a Rússia e a Ucrânia tinha afectado pelo menos 15 de um universo de 30 empresas filiadas.





























































