Um grupo de investigadores da Universidade de Nova Gales do Sul (UNSW), na Austrália, está a trabalhar num implante ocular que visa devolver a visão a pessoas com lesões nas células foto-receptoras da retina causadas por doenças como a retinite pigmentosa ou a degenerescência macular relacionada com a idade.
A ideia é que estas próteses oculares interajam com o sistema nervoso e, através dos sinais que este emite, restaurem a função que o órgão, neste caso o olho, tem. No caso deste projecto, estes sinais são transmitidos através de eléctrodos capazes de criar voltagens que são enviadas para o nervo danificado e criam um impulso semelhante a um pixel (que descreve o brilho e a cor de um ponto).
“Inicialmente, para conseguir esta “faísca” que gera o sinal, tentámos um sistema que exigia cabos ligados à cavidade ocular, o que era demasiado complicado e causava desconforto aos pacientes”, explica um dos investigadores do projecto.
De acordo com o portal Sapo, os investigadores decidiram substituir esta tecnologia por lentes que se fixam ao olho e funcionam como pequenos painéis solares, sendo capazes de converter a luz que passa através delas em leves impulsos eléctricos. Isto elimina a necessidade de uma fonte de energia externa.
Este projecto ainda está na fase de prova de conceito. Embora já tenham conseguido criar painéis com duas camadas empilhadas, a equipa explica que precisam de fazer mais uma camada. Além disso, mesmo que o consigam, para ser viável à colocação no olho humano, o tamanho destes painéis tem de ser reduzido.