A construção da Central Térmica de Temane (CTT), localizada na província de Inhambane, está a progredir com avanços significativos, apesar dos recorrentes desafios climáticos enfrentados na região. Com uma capacidade instalada de 450 Megawatts, a central é um marco crucial para a infra-estrutura energética do País. Recentemente, a região foi atingida pelo ciclone Freddy e pela depressão tropical Filipo, que inundaram o canteiro de obras.
De acordo com a Agência de Informação de Moçambique (AIM), Samir Salé, director de Desenvolvimento e Negócios da Globeleq, com a liderança do investimento no projecto, em entrevista, assegurou que, apesar dos contratempos climáticos, os trabalhos têm progredido a um ritmo acelerado para mitigar os atrasos. “O nível de execução actual é de 75%, e estamos focados em completar a montagem mecânica e eléctrica das turbinas a gás e a turbina a vapor”, explicou.
O projecto, orçado em 650 milhões de dólares, inclui a construção de uma linha de transmissão de mais de 500 quilómetros, que visa abranger cerca de 1,5 milhão de lares no âmbito do Programa de Acesso Universal à Energia até 2030. “Esta é a primeira central a gás desta envergadura em Moçambique e desempenhará um papel fundamental na nossa estratégia de transição energética”, acrescentou .
A CTT, que é detida em 85% pela Mozambique Power Invest (MPI) e em 15% pela Sasol África, com a MPI sendo propriedade conjunta da Globeleq (76%) e da Electricidade de Moçambique (EDM) (24%), está programada para iniciar a operação plena entre finais de 2024 e início de 2025.
O Presidente da República, Filipe Nyusi, destacou a CTT como o “maior projecto de geração de energia pós-independência do País, capaz de elevar significativamente a infra-estrutura eléctrica nacional”.