Segundo órgão, em causa está uma queixa apresentada por sobreviventes e familiares das vítimas de um ataque de fundamentalistas islâmicos em Palma, Moçambique, em Março de 2021.
“Depois de ouvir os argumentos da TotalEnergies, que realizava um megaprojecto de exploração de gás na região e que é acusada de uma série de negligências, a justiça decidirá se instaura um processo, se arquiva o caso ou se procede a novas investigações”, acrescentou o Ministério Público de Nanterre, contactado pela Agence France-Presse (AFP).
As vítimas, três sobreviventes e quatro familiares de nacionalidade sul-africana e britânica, acusam o grupo (ex-Total) de não garantir a segurança dos seus subcontratantes.
Contactada esta segunda-feira (6) pela AFP, a TotalEnergies remeteu para um comunicado de imprensa emitido em Outubro de 2023, quando a queixa foi apresentada.
“A empresa deseja, por um lado, rejeitar firmemente estas acusações e, por outro, recordar a assistência de emergência que as equipas da Mozambique LNG (a empresa do projecto) prestaram e os recursos que mobilizaram para permitir a retirada de mais de 2500 pessoas (civis, funcionários, empreiteiros e subempreiteiros) do local de Afungi”.
TotalEnergies
O ataque em Palma, reivindicado por um ramo africano do grupo extremista Estado Islâmico (EI), teve início em 24 de Março de 2021, durou vários dias e, até à data, causou um número desconhecido de vítimas entre a população local e os subcontratantes da TotalEnergies.
O Governo apenas indicou um número de cerca de 30 mortos, mas, segundo um jornalista independente, Alexander Perry, o número de vítimas ascende a 1402 civis mortos ou desaparecidos, incluindo 55 subcontratantes.
O ataque levou à suspensão do projecto, que representa um investimento total de 20 mil milhões de dólares (1,2 bilião de meticais).




































































