A exposição intitulada “O Sonhador”, do artista moçambicano Leidito Penga, está patente ao público desde quinta-feira, 25 de Abril, e prolonga-se até 6 de Maio, no auditório do edifício-sede do BCI, em Maputo. A mostra é composta por 21 quadros, nas quais predomina a utilização de material reciclado, nomeadamente serradura sobre tela.
Segundo um comunicado da instituição, nesta exposição, Penga propõe uma reflexão sobre o meio ambiente e o que o futuro nos reserva. O tema, segundo o autor, é resultado da sua própria pesquisa. “A sociedade sonha, planeia e quer alcançar certas coisas na vida, mas às vezes os sonhos da sociedade são prejudiciais”, disse.
O artista deu um exemplo: “alguém sonha em criar uma empresa que produza plástico, mas esquece-se que amanhã esse plástico vai poluir as águas e os oceanos. São estes os nossos sonhos actuais que, amanhã, podem prejudicar os próprios seres humanos”. “O homem corre sempre atrás dos seus sonhos, sem pensar no que pode acontecer no futuro. É por isso que a exposição se chama ‘Sonho a Sonho’”, explicou.
“Como artista, tenho a obrigação de pensar pela sociedade, procuro soluções possíveis para minimizar os danos”, enfantizou. O BCI foi a instituição que me aceitou. Fiz a minha primeira exposição. Depois desta, fiz várias exposições dentro e fora do País”. Já expus em países como Portugal, Espanha, Argentina e Venezuela. E tenho colecções no Dubai e nos Estados Unidos”.
O presidente da Comissão Executiva do BCI, Francisco Costa, elogiou a iniciativa, destacando o compromisso do banco na arte e na cultura moçambicana.