Uma equipa de engenheiros mecânicos e aeronáuticos da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, criou recentemente um robot inspirado numa aranha para ser utilizado na exploração de grutas em Marte.
Segundo o Jornal da Fronteira, enquanto a maioria dos robots exploradores se concentra em pequenos veículos capazes de navegar em terrenos planos, a equipa decidiu inovar, criando um robot de tamanho médio com capacidades excepcionais para explorar áreas de difícil acesso, como grutas e tubos de lava.
Inspirados na notável capacidade de deslocação das aranhas opiliões, os engenheiros conceberam o ReachBot com várias pernas extensíveis em forma de lança, que lhe permitem caminhar e agarrar-se a paredes rochosas, reproduzindo assim a agilidade e versatilidade das aranhas.
Para além da sua estrutura física inovadora, o ReachBot está equipado com tecnologia avançada de processamento de dados. O seu processador analisa o terreno circundante e traça as melhores rotas para garantir uma navegação segura e eficiente. Nos testes iniciais, o robot demonstrou capacidades impressionantes, sendo capaz de trepar paredes e até escalar os tectos das grutas.
Testes posteriores revelaram a sua capacidade de explorar os intrincados tubos de lava perto da cratera Pisgah, no deserto de Mojave.
Os resultados destes testes foram publicados na conceituada revista Science Robotics, na qual a equipa salientou a solidez do conceito subjacente ao ReachBot e a sua promissora aplicabilidade na exploração espacial. Ao investigar áreas inexploradas de Marte, este robot aracnídeo poderá oferecer oportunidades sem precedentes para a descoberta de novos fenómenos geológicos e até de provas de possíveis habitações antigas.
O ReachBot representa um salto significativo no desenvolvimento de tecnologias de exploração espacial, abrindo portas para uma compreensão mais profunda e abrangente do planeta vermelho. Com a sua capacidade única de penetrar em locais inacessíveis a outros tipos de sondas, este robot aracnídeo promete desvendar os mistérios escondidos nas profundezas de Marte, inspirando futuras missões e descobertas que poderão redefinir a nossa compreensão do universo.