O Ministério das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos (MOPHRH) anunciou que os consultores contratados irão apresentar, no próximo mês de Maio, o relatório final do projecto conceptual que orientará os trabalhos de reabilitação da Estada Nacional Número 1 (N1).
De acordo com uma publicação do Club of Mozambique, o documento inclui propostas de definição dos níveis de serviço rodoviário, normas de construção, projecto hidráulico, de pavimentos, de segurança rodoviária e de sinalização, contendo ainda a avaliação económica e de impacto ambiental e social.
“Como qualquer outro projecto de engenharia, a reabilitação da N1 requer planeamento, para se auferir quais as etapas a serem seguidas devido ao seu alto nível de complexidade”, descreveu a entidade.
O Ministério justificou que embora as obras de reabilitação da via ainda não tenham começado, foi lançado um programa de reparação de emergência de cerca de 115 quilómetros de estradas nos troços mais críticos, como os do rio Save-Casa Nova-Inchope; Inchope-Gorongosa; Gorongosa-Muera; Muera-Nhamafaza; e Nhamafaza-Caia.
A reabilitação, que inclui a construção de um total de 13 portagens, incidirá numa extensão de 1300 quilómetros dos 2477 quilómetros que a rodovia possui.
Para a materialização da empreitada, o Banco Mundial disponibilizou, no ano passado, um financiamento de cerca de 400 milhões de dólares.
A vice-presidente do organismo para África, Victoria Kwakwa, qualificou a infra-estrutura de “muito importante” para Moçambique e para os países vizinhos.
“É importante que [a estrada] esteja em condições para contribuir para a produtividade e eficiência da economia, não só de Moçambique, mas também dos países da região”, enfatizou.
Por sua vez, o ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, Carlos Mesquita, afirmou, na altura, que “o Executivo continua a envidar esforços junto do BM e das equipas técnicas que temos estabelecidas para desenvolvermos, em conjunto, um programa específico e um cronograma de implementação da obra, de modo que, em finais do ano de 2023, possamos iniciá-la”.
Mesquita avançou ainda estar em curso a elaboração de procedimentos que vão nortear a selecção das empresas que vão executar os trabalhos na N1, sendo que a primeira fase incluirá a reabilitação de 508 dos 1050 quilómetros de via identificados como de “transitabilidade difícil”.