Na inauguração da LPG Expo 2024 (exposição de empresas de produção e venda de gás de cozinha), que decorreu esta quarta-feira (17) em Maputo, o Governo reconheceu as infra-estruturas como principal obstáculo para a massificação do uso do Gás Liquefeito de Petróleo (GPL) no País. Com um compromisso firme, o Executivo assegurou que irá expandir as estruturas necessárias para uma distribuição mais equitativa deste recurso energético.
Durante a sua intervenção na abertura da exposição, o ministro dos Recursos Minerais e Energia, Carlos Zacarias, destacou o papel vital da primeira refinaria de GPL, prevista para entrar em funcionamento este ano, na redução dos custos de importação e na promoção de energias limpas.
“Com uma capacidade de produção anual de 48 mil toneladas, este empreendimento será uma peça-chave para alcançar o nosso objectivo de proporcionar acesso ao gás de cozinha a cerca de quatro milhões de pessoas (800 mil famílias), em cinco anos”, enfatizou.
O governante salientou que a refinaria aproveitará o gás natural proveniente da província de Inhambane, no sul do País, complementando as vastas reservas situadas em Cabo Delgado, no norte, que estão entre as maiores do mundo.
Complementando o discurso do ministro, Moisés Paulino Muhimua João, director nacional dos Hidrocarbonetos e Combustíveis, sublinhou a necessidade de se reduzir a dependência da biomassa – materiais que podem ser obtidos a partir de lenha –, e de incentivar o uso do GPL, uma alternativa mais económica e limpa. “Já estamos a notar um aumento no interesse, tanto por parte das empresas quanto da população, em utilizar este combustível”, anotou.
Esta primeira exposição de GPL da África Austral, e segunda da África Oriental, trouxe ao País diversos investidores do sector para discutir alternativas energéticas sustentáveis e seguras. O evento, que decorre por dois dias, foi marcado por sessões de debates produtivos e pela apresentação das mais recentes inovações no sector do GPL.