O presidente do Conselho Empresarial de Manica (CPE), Alcides Cintura, defendeu nesta quinta-feira (11), a necessidade da instalação de uma refinaria de ouro para ajudar a alargar a base tributária e tornar o sector mineiro mais organizado ao nível daquela província do centro de Moçambique.
O responsável destacou que Manica é rica em recursos minerais, incluindo ouro e pedras preciosas e semi-preciosas, particularmente nos distritos de Manica, Gondola, Báruè, Macossa, Guro e Vanduzi, onde a sua exploração ainda é feita de forma descontrolada.
“A refinaria vai aumentar a empregabilidade para os jovens, incrementar os níveis de arrecadação de receitas para o Estado e ajudar a dinamizar a cadeia de valor dos recursos minerais”, avançou.
Falando durante um seminário de avaliação dos desafios do sector mineiro, Cintura reconheceu que a província está a registar muitos ganhos nos últimos tempos, com a existência de cooperativas de mineração, frisando, porém, que “não são suficientes porque a exploração dos recursos minerais ainda é feita clandestinamente”.
“O garimpo ilegal é predominante em quase todos os distritos e atrai cidadãos nacionais e estrangeiros, na sua maioria jovens, que, usando técnicas nocivas ao meio ambiente, fazem a exploração do ouro. Muitas vezes, o produto é vendido fora do circuito normal sem qualquer tipo de tributação”, acrescentou.
Segundo o presidente, naquele ponto do País existem actualmente dez associações, 20 empresas e mais de 8 mil mineradores artesanais que se dedicam à extracção de ouro.
