A diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, estima que a forte actividade económica nos Estados Unidos e nos mercados emergentes ajude a impulsionar o crescimento global em cerca de 3% este ano, mas alertou para potenciais desafios nesta década.
Num discurso esta quinta-feira, Kristalina Georgieva afirmou: “sem uma correcção de rumo, estamos de facto a caminhar para os Tepid Twenties (os tépidos anos 20) – uma década lenta e decepcionante”.
A responsável garantiu que a actividade económica mundial é fraca, tendo em conta as métricas anteriores, sendo que a dívida aumentou, o que coloca grandes desafios às finanças públicas em muitas partes do mundo.
“As cicatrizes da pandemia ainda estão entre nós”, reiterou, apontando elevadas perdas de produção, “com os custos a recaírem desproporcionadamente sobre os países mais vulneráveis”.
A taxa de crescimento prevista de pouco mais de 3% é ligeiramente superior à projecção do ano passado. A média histórica é de 3,8%, segundo a agência Associated Press.
“O crescimento global é marginalmente mais forte devido à actividade robusta nos Estados Unidos e em muitas economias de mercado emergentes”, acrescentou a directora-geral do FMI.
O Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial realizarão as suas reuniões de Primavera na próxima semana em Washington, onde os ministros das Finanças, os banqueiros centrais e os decisores políticos discutirão as questões mais prementes da economia mundial.
A reunião anual terá lugar numa altura em que vários conflitos ameaçam a estabilidade financeira mundial, incluindo a invasão da Ucrânia pela Rússia e o conflito em Gaza.
