Os Estados Unidos da América (EUA) devem reforçar os laços comerciais com os países africanos para reduzir a dependência da China no fornecimento de minerais essenciais, afirmou nesta terça-feira, 9 de Abril, um grupo de reflexão com sede em Washington.
“A segurança económica e nacional dos EUA depende da garantia de um fornecimento fiável de minerais críticos, incluindo de África”, avançou o grupo de reflexão com sede em Washington, num relatório.
De acordo com o documento, os EUA estão 100% dependentes de “entidades estrangeiras preocupantes”, predominantemente a China, para minerais críticos cruciais. Para mitigar os riscos colocados pelas restrições à exportação da China, os Estados Unidos precisam de desenvolver as suas fontes internas destes minerais.
As empresas mineiras ocidentais estão a ficar para trás das suas congéneres chinesas na competição pelo acesso às vastas reservas minerais de África, que são essenciais para indústrias que vão desde o fabrico de veículos eléctricos à Defesa.
Para fazer face ao domínio da China em África, o relatório assinalou a necessidade de os Estados Unidos se empenharem numa diplomacia comercial mais robusta, destinada a criar parcerias para minerais essenciais no continente.
Uma dessas estratégias envolve o aumento dos esforços de diplomacia comercial em países como a República Democrática do Congo, o maior fornecedor de cobalto do mundo, e a Zâmbia, o segundo maior produtor de cobre de África.
À medida que a corrida para obter minerais no continente africano se intensifica, as empresas do Médio Oriente, ricas em dinheiro, estão a entrar cada vez mais na competição.
Enquanto as empresas mineiras ocidentais enfrentam desafios para investir em países como o Congo devido a infra-estruturas inadequadas, como estradas e electricidade, os mineiros chineses solidificaram a sua presença na região e estão a expandir os seus investimentos em toda a África.
A Corporação Internacional de Financiamento do Desenvolvimento anunciou, em Fevereiro, a sua intenção de aumentar o rendimento de projectos no continente, para reduzir os elevados riscos associados ao investimento em países como o Congo.
Os EUA intervieram para apoiar o Corredor do Lobito, uma ligação ferroviária da cintura de cobre da África Central que é fundamental para a exportação de metais através do Porto do Lobito em Angola.
Fonte: 360° Mozambique