O Fundo Nacional de Energia (FUNAE) revelou nesta terça-feira (26), que está a investir na construção de 19 mini-redes de geração de electricidade com capacidade que varia entre 100 a 200 megawatts (MW) para melhorar a cobertura do fornecimento, sobretudo nas zonas recônditas.
De acordo com a directora da Divisão de Electricidade no FUNAE, Arcádia Nhantumbo, trata-se de um projecto que deverá beneficiar cerca de 7 mil famílias e que se enquadra no programa nacional de acesso universal à energia até 2030.
A responsável destacou que a entidade está a criar uma via de financiamento que concorrerá para o aumento do acesso à electricidade a partir de sistemas solares domésticos.
“Estamos agora com 19 mini-redes em obras e contamos iniciar com a construção de outras para atingir a meta do Governo de electrificar todas as sedes dos postos administrativos. As zonas rurais constituem locais de maior prioridade, por serem pontos onde se notam grandes dificuldades de acesso à corrente eléctrica”, explicou.
No ano passado, durante a 3.ª edição da Conferência Empresarial – Renováveis em Moçambique 2023 (RenMoz 2023), a presidente do Conselho de Administração do Fundo Nacional de Energia (FUNAE), Manuela Rebelo, informou que a instituição que dirige já investiu, num período de dez anos, cerca de 87,7 milhões de euros (6 mil milhões de meticais) em projectos de energia fora da rede.
“Em termos de financiamento, Moçambique tem recebido investimento de fontes nacionais e internacionais, com o Governo e a União Europeia a desempenharem papeis cruciais. De acordo com os nossos dados, nos últimos dez anos, o FUNAE investiu cerca de 87,7 milhões de euros no sector fora da rede. Também podemos dizer que o compromisso do Executivo no sector, no mesmo período, aumentou 12% e o financiamento dos parceiros já atingiu mais de 132 milhões de euros”, revelou.
A dirigente avançou que, no País, a população rural continua maioritariamente sem aceder à electricidade, sendo que a taxa de acesso é de 51,4%. “São objectivos do sector alcançar a meta universal de acesso à energia até 2030 e a transição energética justa e promoção de energia renovável no meio rural”, revelou.