Consideram-se riscos puros aqueles que resultarão apenas em perdas ou, na melhor das hipóteses, numa situação de equilíbrio.
Neste tipo de risco, o resultado é sempre desfavorável, ou talvez a mesma situação (que existia antes do evento) tenha permanecido sem gerar lucro (ou prejuízo).
Em oposição, os riscos especulativos são aqueles em que existe a possibilidade de ganho ou lucro. Pelo menos a intenção é obter lucro e nenhuma perda (embora possam ocorrer).
Investir em acções pode ser um bom exemplo. Preços, marketing, previsão e venda a crédito são ainda exemplos que se enquadram no domínio da especulação.
Vejamos outro exemplo em que podemos ter riscos puros e riscos especulativos. Pensemos numa fábrica de vestuário. Neste caso, temos:
- Possibilidade de danos causados por ciclones no edifício da fábrica;
- Danos por incêndio no stock;
- Avaria da maquinaria;
- Roubo de artigos amovíveis;
- Danos pessoais aos trabalhadores da fábrica, etc.
Além disso, temos:
- A questão do preço do produto permanecer no mercado competitivo;
- Mudanças na moda que levam a uma queda drástica na demanda pelo produto;
- Retirada do sistema de quotas;
- Venda a crédito.
É importante perceber que, no primeiro conjunto de exemplos, estamos de facto a falar da possibilidade de ocorrência de determinadas perdas resultantes de certos acontecimentos adversos ou contingências imprevistas (como um ciclone, um incêndio, um roubo, um acidente, etc.) e, por conveniência, são chamados riscos empresariais.
Estes são identificados como riscos puros e, como tal, seguráveis. É importante destacar que estas perdas também podem ser medidas em termos monetários.
Em contraste, se nos referirmos ao segundo conjunto de exemplos, notamos que o resultado do comércio ou dos negócios não é o resultado de riscos puros, mas sim de factores económicos, da oferta e da procura, da mudança de moda, da restrição ou liberalização do comércio, etc. e, por conveniência, são considerados riscos comerciais.
Estes podem ser identificados como riscos especulativos e geralmente não são seguráveis.
Fonte: iEduNote